subsistente, “é” com o ser do Dasein no sentido da existência. O Dasein é no modo de existir ou não existir entendido cada vez que é desse ou daquele modo. Como tal entender, o Dasein “sabe” o que lhe diz respeito, isto é, o que toca ao seu poder-ser. “Saber” que não surgiu de uma imanente percepção de si, mas pertence ao ser do “aí”, o qual é essencialmente entender. Só porque o Dasein entendendo é o seu “aí”, pode ele se extraviar e entender mal. E na medida em que entender é encontrar-se e, como tal, existenciariamente abandonar-se à dejecção, o Dasein já se extraviou e entendeu mal. Em seu poder-ser ele está, por conseguinte, entregue à possibilidade de se reencontrar somente em suas possibilidades.
O entender é o ser existenciário do poder-ser próprio do Dasein ele mesmo e isto de tal maneira que este ser abre em si mesmo o que lhe toca. É preciso apreender ainda mais rigorosamente a estrutura desse existenciário.
O entender como abrir abrange sempre o todo da constituição-fundamental do ser-no-mundo. Como poder-ser, o ser-em é cada vez poder-ser-no-mundo. Este não é aberto somente qua mundo como possível significatividade, mas o próprio pôr-em-liberdade o ente do-interior-do-mundo deixa esse ente livre em suas possibilidades. O utilizável, como tal, é descoberto em sua utilizabilidade, sua empregabilidade e sua nocivdade. A totalidade-de-conjuntação se desvenda como o todo categorial de uma possibilidade de conexão de utilizável. Mas também a “unidade” da multiplicidade de subsistentes, [145] a natureza, só pode ser descoberta sobre o fundamento da abertura de uma sua possibilidade. E um acaso que a pergunta pelo ser da natureza tenha em mira as “condições de sua possibilidade”? Sobre que se funda tal perguntar? Diante do que é inevitável a pergunta: por que o ente não-conforme ao Dasein é entendido em seu ser quando é aberto a partir das condições de sua possibilidade? Kant o pressupõe talvez com razão. Mas essa pressuposição,
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